Frequento a cidade de Bananal no interior de São Paulo, próximo a divisa dos estados do RJ e SP, há muitos anos. Temos amigos que possuem fazendas na região e frequentemente passamos os feriados lá. Eu adoro a companhia dos amigos e compadres e tenho verdadeira paixão pelas longas, fartas e deliciosas refeições que compartilhamos, sem falar que a vida rural me fascina! Fomos mais uma vez neste último feriado e, no domingo, fui a um almoço Italiano na centenária e histórica Fazenda dos Coqueiros dos amigos Beth e Guga. O almoço foi preparado pelo simpático chef Bernardo, sobrinho do Guga, que promete grandes surpresas.
A fazenda dos Coqueiros fica na Rodovia dos Tropeiros, a quinze minutos da cidade de Bananal. É um exemplo da fortuna deixada no vale, pelo Ciclo do Café. Uma riqueza tão grande que a cidade chegou a ter moeda própria.
Chegada a fazenda
Portal de entrada da Fazenda dos Coqueiros,
cercada de rios, morros, cachoeiras e pela Mata Atlântica.
O belíssimo casarão do seculo XIX, construido em 1855 é uma relíquia.
Mantém sua estrutura antiga e original e histórias de um passado riquíssimo.
No casarão encontra-se em exposição vestígios do passado, como objetos da época, peças autênticas encontradas nos arredores da fazenda, móveis, objetos para tortura dos escravos, documentos históricos,
um autêntico banheiro e um moinho de fazer fubá da época.
Restaurações realizadas obdeceram ao projeto original, através de fotos antigas.
Coqueiros centenários deram o nome a Fazenda e encantam até os céus.
Na frente do casarão, um belo chafariz enfeita o lado direito da escada.
Grandes janelas nos convidam a contemplar a paisagem.
Antigas, altas e convidativas portas estão abertas a visitação pública.
Imensas janelas abrem em par para a mata Atlântica, exaltando belas paisagens.
Lugares secretos guardam segredos e histórias.
Vestígios do terreirão para secagem do café feito de pedra, nos reportam ao passado.
Pesada porteira de madeira, atiça a curiosidade do visitante.
Secular lavador de café em pedra.
Curral para o gado leiteiro.
Do leite são produzidos doces, queijos e derivados na própria fazenda.
Em segundo plano, construção onde foi realizado o almoço,
é o local da antiga senzala,
com paredes construídas em pedra da construção original.
Vista dos dois pavimentos do restaurante.
No andar de cima foi realizado o almoço Italiano.
Churrasqueira vista do restaurante
Churrasqueira e piscina, com espetacular visão para os morros.
Menu
Salada Caprese,
Salada crocante com lascas de parmesão,
Bruschetta de tomate seco e
Bruschetta Napolitana.
Risotto de limão siciliano,
Ragu com polenta, e
Berinjela a parmegiana.
Excelentes.
Abóbora com gorgonzola, servida na moranga,
terno e suculento Pernil, regado e assado lentamente durante oito horas , Lazanha de alho poró e,
Espaguette a putanesca, sem foto.
No momento em que foi servido o almoço, eu estava tirando fotos da fazenda. Dai, perdi a foto do Buffet.
Sorry...
Cocada branca com gengibre e morangos fatiados em calda de pimenta, foi a sobremesa... Deliciosa!
Todos os produtos foram colhidos na horta da fazenda ou adquiridos na região. Tudo fresco, suculento e saboroso.
Animais como pato, galinha, marreco, leitão, etc, são criados e abatidos na própria fazenda para alimentação da família e consumo nos eventos gatrônomicos.
O ambiente é rústico e muito agradável. A vista belíssima!
Este foiapenas o segundo evento realizado pelo Chef Bernardo. Faltam alguns ajustes para o almoço ser perfeito. Mais pessoas no serviço permitirão ao Chef mais liberdade e cuidado na criação e apresentação do buffet. Para o verão, ele planeja uma homenagem a Vinicios de Morais, com violão, poesia e menu especial. Promete! Em breve...
Ficarei atenta à data e publicarei aqui no blog.
Vale a pena a viagem a Bananal. Na região tem inúmeras fazendas centenárias com sedes e paisagens belíssimas. Merecem destaque entre outras, as Fazendas Resgate, Boa Vista e Independência, famosas por servirem de cenário para gravação de novelas da Rede Globo. Vá com tempo e visite o Parque Ecológico e a Histórica Cidade de Bananal, com a Igreja Matriz de Bom Jesus do Livramento, a estação Ferroviária toda em ferro que veio da Inglaterra, sobrados centenários espalhados pela cidade, a Pharmacia Popular, a mais antiga farmácia ainda em uso no Brasil, a Locomotiva 302, Tereza Cristina e o interessante e impecável artesanato em croche com barbante em cuidadosas lojas espalhadas pela cidade. Merece atenção especial o patchwork da casa do Artesão.
Continue a viagem e visite a Serra da Bocaina um pouco mais acima.